segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Marcelo Rebelo de Sousa: a vitória dos media

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A vitória de Marcelo Rebelo de Sousa representa, para quem ainda tinha dúvidas, a vitória dos media.




Os media, na posse de importantes grupos multinacionais, influenciam o nosso voto, a tal ponto que moldam a nossa forma de pensar deturpando a realidade.


Quando votamos, votamos sem qualquer base racional ou ideológica, mas apenas por sensações sugeridas num candidato bom para nós, apresentado como qualquer produto de consumo.


Os media, com a televisão em destaque, aniquilam qualquer veleidade de pensamento próprio. Aderimos a um objecto televisivo como também aderimos a um qualquer político sem nenhum pensamento crítico.


Longe vão os tempos em que se discutia ideologia, utópica ou não, em relação a orientações políticas diferentes. Actualmente somos avassalados por imagens construídas pelos media protagonizados por verdadeiros actores, moldados nas suas maneiras de actuar pelos que verdadeiramente mexem os cordelinhos e em que os políticos são actores descartáveis.


O poder dos Estados nações foi progressivamente transferido para entidades abstratas em nome de um bem comum como a ONU, a União Europeia e outras, mas nas quais impera o lucro das multinacionais que dominam esses mesmos órgãos e que por sua vezes dominam os países, dado que controlam entre outras coisas os media.


Esta eleição presidencial em Portugal é prova disso. Apesar de cada um pensar que elejeu o presidente que pensa ser a melhor escolha, elejeu o presidente proposto e fabricado pelos media.


Este é um presidente espectáculo ao serviço do pensamento dominante  "em que o espectáculo é a parte principal do tempo vivido no exterior da produção" (Guy Debord)









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3 comentários:

  1. É isso!
    E os media continuarão o serviço pois não faltam situações para criar casos, inventar factos, empolar pequenos desacertos e, sobretudo, converter o diálogo em confrontação...

    Contudo, não nos apanharão nas teias da manipulação!

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  2. Pelos fatos históricos, pode-se concluir que os Estados nações foram idealizados por poucos. Estes, agora, frutos de seus antepassados, idealizadores do Estado nação já falecidos, estão a idealizar essa tal da Nova Ordem Mundial, que, novamente, será em prol desses poucos poderosos como fora outrora para os seus que já se foram. O povo só tem importância por ser vital para estes poucos. O povo continua achando que pensa. Para os que se propuserem a ler essas poucas linhas acima escritas e se forem observadores e amantes da história não terão problemas para com essa verdade.

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  3. Bom artigo.
    Já não acredito numa melhoria para o nosso país, quando um candidato que põe tudo preto no branco e apresenta medidas concretas... e ainda assim tem um péssimo resultado... Não há solução, a desgraça completa é a própria solução.

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