segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Paracetamol: atenção às sobredosagens



O paracetamol é um dos medicamentos mais utilizados para a febre e a dor.

Permanece um referência inultrapassada e como tal deve ser usado como primeira escolha, mas cuidado com as sobredosagens.




Risco a partir de 3 g por dia.


O paracetamol é o medicamento de eleição no tratamento da dor e da febre. Não sendo um anti-inflamatório, não provoca lesões gástricas.

A dose habitual no adulto é de 0,5 a 1 g se necessário três vezes por dia.

Largamente utilizado, quando ingerido voluntariamente ou acidentalmente em dose elevadas pode provocar intoxicações graves, por vezes mortais. Uma necrose do fígado pode surgir com uma insuficiência hepática ao fim do quinto ou sexto dia.

Numerosos são os casos relatados nas revistas médicas de intoxicação do fígado pelo paracetamol. A revista BMJ (British Medical Journal) relata, este mês, mais dois casos de insuficiência hepática aguda provocada por este medicamento.

Mais uma vez uma chamada de atenção importante para não tomar mais do que 4 g diárias de paracetamol. Essa dose deve ser reduzida para 3 g diárias no caso de pessoas com alguma doença do fígado, alcoolismo crónico ou desidratação. Nos casos em que o peso de um adulto seja inferior a 50 kg, não deverá ultrapassar 2 g por dia.


O antídoto para as intoxicações com paracetamol é a acetilcisteína, usado como expectorante com o nome comercial de Fluimucil, existe sob a forma de comprimidos efervescente ou solução, mas também sob a forma injectável no tratamento das intoxicações com o paracetamol nas primeiras oito horas.



Nas crianças: para a febre, primeiro o paracetamol.


Para baixar a febre nas crianças, o paracetamol permanece o tratamento de referência. A revista "Prescrire" elaborou um estudo com 156 crianças, com idades entre os 6 meses e os 6 anos, com febre e tratadas, umas com o paracetamol (Ben-u-ron) unicamente, outras com o ibuprofeno (Brufen) unicamente e um terceiro grupo com a associação dos dois (paracetamol e ibuprofeno.

Durante as 4 primeiras horas, as crianças taratada com a associação permaneceram mais tempo sem febre, 171 minutos, contra 156 minutos com o ibuprofeno e 116 minutos com o paracetamol. Mas ao fim de 48 horas, não foi observada nenhuma diferença nos sintomas ligados à febre entre os vários grupos.



Nas artroses: primeira escolha, o paracetamol.


Nas dores articulares provocadas pelas artroses, o paracetamol deve ser o medicamento de primeira linha. Quando este não é suficiente, devemos recorrer aos anti-inflamatórios. Aqui o que apresenta menor risco, sobretudo gastro-intestinal, é o ibuprofeno.

A glucosamina (Viartril) ou a condroitina (Ossin) não mostraram qualquer utilidade na artrose. Não se revelaram serem mais eficazes do que um placebo, tendo efeitos secundários: reacções alergicas para a glucosamina e alterações digestivas para a condroitina.



http://www.bmj.com/content/341/bmj.c6764.full

http://www.prescrire.org/docu/archive/aLaUne/dossierDouleursArticulairesParacetamol.php

http://www.pharmacorama.com/Rubriques/Output/Eicosanoidesa5_1_7.php

http://www.prescrire.org/fr/3/31/20098/0/NewsDetails.aspx

2 comentários:

  1. Algo que os médicos deviam prescrever ao DISPARATE:

    http://www.youtube.com/watch?v=Y9ZD9JFo7Vw&feature=sub

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  2. Imprescindível

    http://www.infowars.com/2010-in-review-here%E2%80%99s-what-happened-in-the-world-of-natural-health-and-health-freedom/

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