terça-feira, 1 de junho de 2010

Ataque de Israel e o novo Médio Oriente.

O ataque de Israel a uma frota humanitária chocou o mundo. Por incrível que possa parecer, Israel até tem razão perante o direito internacional, quanto à razão moral, há muito tempo que a perdeu.




O ponto de vista israelita:









Do ponto de vista do direito internacional, Israel pode evocar a sua acção militar como uma legítima defesa. Este direito natural dos Estados é uma das duas excepções da proibição de recorrer à força, em conformidade com a carta das Nações Unidas. O outro é a utilização da força quando autorizada pela ONU.





O bloqueio marítimo a Gaza foi decretado por Israel por o Hamas bombardear alvos civis israelitas. Perante o direito internacional, Israel, sentindo-se ameaçado tem toda a legalidade de decretar um bloqueio, neste caso marítimo, tendo que o anunciar que a devida antecedência, que foi o caso.


Quando existe um bloqueio marítimo, nenhum navio pode entrar na zona de bloqueio, civis ou militares, inclusive nas águas internacionais. O direito internacional reconhece que um navio que viole o bloqueio pode ser capturado ou atacado.


Este aspecto é referido por Sarah Weiss Mausi, perita em direito internacional no ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel. Refere ainda que Israel saiu da Faixa de Gaza em 2005 e que apesar de tudo esta zona continua a efectuar bombardeamentos sobre a sociedade civil do seu país.


O bloqueio é assim considerado uma medida de legítima defesa. Israel diz estar a cumprir com a obrigação humanitária do fornecimento alimentar a Gaza, mas este não tem qualquer obrigação quanto ao fornecimento de produtos tidos como não vitais. A quantidade de cimento que Israel deixa entrar em Gaza é limitada porque este poderia ser usado para fins militares.


Perante a intenção expressa pelos manifestantes de violar o bloqueio naval, Israel comunicou aos países envolvidos através das suas embaixadas, nomeadamente à Turquia, que não autorizava a vinda dos navios na dita zona.

Tentando exercer os seus direitos, Israel tentou controlar os navios através de meios pacíficos, mas perante a resistência e a violência dos manifestantes tiveram que agir em legítima defesa.

Isto é a versão oficial das autoridades israelitas, claro que a versão dos manifestantes é totalmente oposta.




O ponto de vista palestiniano:



Em 1947, as Nações Unidas adoptam a resolução 181 que prevê a divisão da Palestina num Estado árabe e num Estado judeu. Estava criado o Estado de Israel, baseado na lenda absurda que esse seria o local da terra prometida por um Deus que tinha um povo preferido. Esta solução foi aceite por uma Europa culpabilizada pela tragédia da Shoah e potenciada pelo lobby judaico americano (actualmente mais de 90% dos meios de comunicação social estão nas mãos de judeus) .


O problema é que o local onde foi criado o Estado de Israel era ocupado por árabes, e jamais esta região conheceu a paz. Vale mais uma imagem do que mil palavras, então aqui fica uma visão do desaparecimento da Palestina com a ocupação judaica:







Os palestinianos queixam-se do tratamento desumano israelita e da expropriação forçada das suas terras com a construção desenfreada de colonatos. A Faixa de Gaza tornou-se num verdadeiro campo de concentração, estando Israel fazer o mesmo aos palestinianos o que lhes fizeram durante a segunda guerra mundial na Europa.


As carências alimentares na Faixa de Gaza são evidente e estes queixam-se da violação da regra que prevê que em caso de bloqueio os bens de primeira necessidade devem ser fornecidos.



O novo Médio Oriente.

Na realidade a população civil palestiniana encontra-se no meio de um vasto xadrez político e geoestratégico. Os grupos extremistas palestinianos servem-se da sua população como escudo humano. A própria existência do Estado de Israel é intolerável na região. A bandeira turca nos barcos que tentaram quebrar o bloqueio não é inocente, a Turquia deixou de ser estratégica para os Estados Unidos e de antigo "amigo" muçulmano de Israel, passou a querer ter uma posição estratégica no mundo árabe. A recente aproximação ao Irão é disso exemplo, e um novo império otomano um sonho.





http://www.un.org/News/Press/docs//2009/sc9567.doc.htm

http://www.mediapart.fr/club/blog/materneau-chrispin/060109/israel-gaza-et-le-droit-international-quelques-remarques

http://lessakele.over-blog.fr/article-blocus-maritime-au-large-de-gaza-approvisionnement-humanitaire-et-legalite-que-dit-le-droit-international-51232360.html

http://www.desinfos.com/spip.php?page=article&id_article=18815

5 comentários:

  1. Estive em Israel há pouquíssimo tempo, e sinceramente vi coisas que a mídia não fala. Nem a mídia, e nem os árabes! Os árabes vivem dentro de Israel, junto com os judeus, numa hipocrisia enorme. Mas por que eles vivem em Israel então? Porque eles gozam da infra-estrutura que os judeus criaram, gozam da tecnologia Israelense... eles têm uma vida muito boa lá, apesar de tudo. Coisa que em outros países árabes eles não teriam. Gaza é outro problema que a mídia encontrou para culpar judeus.. Gaza não precisa de ajuda humanitária! Não precisa de frotilhas levando alimentos. Gaza vive muito bem sem ajuda! Criaram esse boato para, mais uma vez, colocar a mídia e outras pessoas contra Israel e contra os judeus. A Palestina é uma das várias outras armações árabes para expulsar os judeus de Israel. Israel é cercado de países árabes. Então porque os árabes querem OUTRO Estado para eles??

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  2. es mesmo judeu canalha, eu odeio relegiões, qualquer relegião só fazem mal ao mundo.
    Mas aquela zona era dos arabes portanto os judeus não tinham nada que ir para lá.
    Os judeus de hoje em dia são uns verdadeiros nazis. As pessoas falam de extremistas que levam bombas ao peito, e os judeus que lançam um missel que destroi quarteiroes inteiros, se me acontecesse isso tb eu pegava numa bomba e matava-os a todos.
    Uma estuda sobre a 2º guerra mundial e pensa que dos judeus, mas a realidade de hoje em dia só me faz pensar MORTE AOS JUDEUS

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  3. Correcção de erro

    Uma "pessoa" estuda sobre a 2º guerra mundial e pensa que "pena" dos judeus, mas a realidade de hoje em dia só me faz pensar MORTE AOS JUDEUS

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  4. Caro anónimo,

    Penso como si, um estado baseado em qualquer dogma religioso não faz qualquer sentido. Hoje em dia o Estado de Israel comporta-se com os palestinianos como os nazis se comportaram, infelizmente, com os judeus.

    O Estado de Israel só existe hoje em dia pelo poderoso lobby sionista instalado no Estados Unidos.

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  5. Do ponto de vista do direito internacional, continuo a afirmar que Israel, com o bloqueio comporto-se, de um ponto de vista legal, de uma forma legítima. Do ponto de vista moral as coisas são bem diferentes.

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